*Magnify*
SPONSORED LINKS
Printed from https://www.writing.com/main/view_item/item_id/2319817-A-Cerejeira
Printer Friendly Page Tell A Friend
No ratings.
by Tina
Rated: E · Draft · Romance/Love · #2319817
Um lugar repleto de memórias de uma amada
         
A Cerejeira

          O dia estrepleto de nostalgia hoje. O sol escondido atr dos galhos altos das vores, tentando sempre me cumprimentar, e aprecio sua tentativa. O vento soprando as folhas caas de um outono jcomedo me trazem heras. A estrada quase perfeitamente reta, trada pelos viajantes que aqui passaram hmuito, e muitas vezes, se estendendo no horizonte. Meus pulms se enchem desta brisa fria e violenta, e ela assobia t perfeitamente como se estivesse escutando uma orquestra de flautas doces, mas vio que nem o mais talentoso flautista conseguiria imitar este espito cru da natureza.
          Todo este cenio, como se retirado de uma pintura de Richard Bergh, me faz me sentir anos mais novo, ainda com os cabelos escuros e longos, quando costumava a trafegar aqui com ela. Sempre aos fins de semana, antes do almo, fizesse chuva ou sol, estacionamos as bicicletas ao fim da estrada asfaltada para caminhar por esta outra atenciosamente. Estamos em nosso pequeno universo, parecia que a realidade se alojava t distante que nunca nos alcanria.
          Mais a frente ainda observo com um peso no peito a casa da avSofia, agora muito desgastada, todavia ainda conservando a sua personalidade. Por aqui parei e lhe admirei por alguns minutos. Apenas olhar para as janelas tremendo com o vento, e escutando a madeira se contrair com o frio fez eu sentir uma grande dor no corao e as lrimas comeram a cair.
          Continuei em direo ao meu destino, que n ficara longe. Ainda caminhando lentamente, o meu lio inferior comeva a tremer como o de uma crian. Observo a balan que sitiava a esquerda da alameda, danndo junto ao vento, que agora sopra com mais calma, como se soubesse. Sorrio levemente ainda seguindo.
          Quando a estrada termina, as vores dispersam um pouco, dando espa a um grande lago que se estende por vios metros. Este lago, onde no inverno se congela, n patinamos ocasionalmente. Sempre fui um psimo patinador, nunca perdendo a oportunidade de cair com o traseiro no ch, completamente o oposto dela que sempre patinava com maestria e rapidez, mas nunca me deixarpara tr.
          Adjacente ao lago contemplo o fim da minha caminhada, uma grande e alta cerejeira, com suas folhas agora caindo junto ao vento gras ao outono. Aqui thamos as mais longas e interessantes conversas, sobre seus desenhos, meus textos, o lago, as vores. Ah como eu amava sua companhia. Agora a ica companhia que posso aproveitar sentar-se aqui ao seu lado, embaixo da cerejeira que envelheceu conosco onde vocdescansa pacificamente. Ainda consigo imaginar vocsentada ao meu lado, ainda sinto sua presen, ainda escuto a sua linda voz nos meus ouvidos, ainda sinto vocem meu corao. Deixo aqui ent as nossas cartas, que escrevmos um ao outro na flor da idade. Mal posso esperar para ver vocnovamente, e relembrar todos estes momentos, mas agora squest de tempo.



© Copyright 2024 Tina (niemietz.fred at Writing.Com). All rights reserved.
Writing.Com, its affiliates and syndicates have been granted non-exclusive rights to display this work.
Printed from https://www.writing.com/main/view_item/item_id/2319817-A-Cerejeira